sexta-feira, 4 de setembro de 2009

RELER!

"Não era muito dela esse negócio de anotar as coisas, porém, havia começado vários diários ou caderno de anotações, como gostava de dizer. Pensava sempre a mesma coisa: 'vou reservar esse lugar para escrever meus pensamentos'. Não sei muito bem o que acontecia. Talvez acabassem as idéias, talvez perdesse o caderno, talvez ficasse cansada, ou quem sabe, ficasse com raiva e tacasse fogo nas palavras que se perdiam ao vento.
Vento. Falava forte o vento naquela noite. Falava palavras soltas, perdidas por alguém que perdera (ou encontrara) o encanto. Aquilo a fazia pensar. Não era muito sentimental. Ta bom, na verdade era, mas negava isso, não queria que apagassem a imagem de 'forte' que tinham dela.
O vento trazia um turbilhão de coisas. Idéias, responsabilidades, notícias, lembranças e até sentimentos, entre eles o medo. Medo de perder. O vento trazia o medo de perder. Talvez não o de perder a fé, talvez o medo de perder a compaixão, talvez o medo de perder a esperança, talvez o medo de perder o encanto.
A bem da verdade, e que esse medo se chamava insegurança. Insegurança de começar uma coisa e não terminar. Insegurança de deixar passar o tempo e não aproveitar. Insegurança de conhecer alguém e não a marcar. Insegurança de começar escrever e não parar..."

Texto antigo, mas caiu super bem. Só quero que rezem por mim. Não quero esse medo me atormentando. Espero retornar aqui em breve! Saudações carinhosas, até mais.

Um comentário:

Antônio Dutra Jr. disse...

Anna do céu! Onde tu tava, que ainda não tinha um blog? Não sou o veadinho da novela, mas, dá licença: CHO-QUEI!

Putz, bom demais, guria, sério mesmo! Continua escrevendo, que tá excelente teu início na vida blogueira! Parabéns!

Beijão!